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Ano da Fé

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

BALANÇO DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS

Findaram as eleições para o próximo Parlamento Europeu. Embora estejamos ainda bastante longe de Lepanto, a verdade é que os resultados obtidos são sinais de alguma esperança.

Todos nós já conhecemos os resultados nacionais. O PPD-PSD teve uma vitória (quase) inesperada, à custa do PS. O BE ultrapassou o CDU. Quanto ao CDS-PP, conseguiu não só resistir à sua aniquilação (que muitos vaticinavam), como conseguiu um resultado bastante satisfatório. De entre os partidos sem assento parlamentar, o vencedor foi o MEP.

Resumindo: PPD-PSD - 8 eurodeputados; PS - 7 eurodeputados; BE - 3 eurodeputados; CDU - 2 eurodeputados; CDS-PP - 2 eurodeputados.














Factos positivos:
1) O CDS-PP, que foi indubitavelmente o partido com melhor classificação no inquérito da Federação Portuguesa pela Vida, obteve um resultado bastante bom.

2) O PPD-PSD, embora seja um partido à lá Pilatos e que, como tal, não merece confiança (absteve-se aquando do famigerado referendo de 2007, votou favoravelmente ao projecto socialista de Doutrinação Sexual obrigatória nas escolas, nomeou para cabeça-de-lista um católico hostil a algumas das doutrinas do Magistério e não apoiou a investidura de Rocco Butiglione) ... conseguiu usurpar o 1º lugar ao PS, que é um partido activamente pró-"Cultura da Morte".

3) O MEP (outro partido à lá Pilatos, mas que, apesar de tudo, é um aliado que não se pode descartar) cresceu (e, meritoriamente, reconheço) para a 6ª força política. Também o MPT cresceu 30% em relação a eleições anteriores. Não conseguiram eleger nenhum eurodeputado, mas obtiveram resultados francamente positivos, dada a sua dimensão e publicidade.

4) O PPV está em vias de ser legalizado e, provavelmente, já concorrerá às próximas eleições legislativas.


Factos negativos:
1) O BE cresceu para a 3ª força política. Isto é péssimo, sobretudo se tivermos a noção de que o PS se encontra agora em maus lençóis. A CDU, sendo um partido reconhecido como "radical" e de "extrema-esquerda", sempre foi evitada pelo PS para coligações governamentais. Porém, com o BE é outra história... embora o BE seja tão "radical" e "extrema-esquerda" como a CDU, é visto com mais complacência e simpatia pelo mainstream. É um partido in. Temo que, nas próximas legislativas, uma derrota do PS resulte numa coligação deste com o BE. Isto significa 4 anos de "temas fracturantes". Será que os Direitos Humanos, a Família e a Liberdade Religiosa aguentarão esse ataque?

2) Elegemos 5 eurodeputados de extrema-esquerda para o Parlamento Europeu... um dos resultados mais favoráveis a esta faixa política, se tivermos em conta o panorama geral.







Bem, mas não podemos ficar-nos apenas pela análise da situação nacional. Esse é um erro que eu vejo muita gente a cometer. Estas foram eleições europeias, para o Parlamento Europeu. Portanto, traduzindo os nossos resultados nacionais para os resultados europeus, encontramos isto:


Os 8 eurodeputados do PPD-PSD e os 2 do CDS-PP serão aglutinados no EPP-ED (Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus).
Os 7 eurodeputados do PS vão representar o PES (Partido Socialista Europeu).
Os 3 eurodeputados do BE e os 2 da CDU, por sua vez, encontram-se no GUE-NGL (Grupo Europeu da Esquerda Unida / Esquerda Verde Nórdica).

Em súmula: O EPP-ED consegue a maioria relativa (o que é bom), mas não absoluta (o que é mau).

Ou seja, Portugal teve um bom resultado... mas não um resultado excelente.






Melhores perspectivas encontram-se se vislumbrarmos o panorama europeu no seu conjunto:


Como é possível constatar, o EPP-ED foi o incontestável vencedor das eleições europeias de ontem e o PES o grande perdedor. É um alívio, dado o poder que o Parlamento Europeu exerce e dado o rumo que ele tinha vindo a tomar nos últimos anos. Talvez não seja desta que o Parlamento Europeu se torna um instrumento activo da Cultura da Vida... mas, pelo menos, nos próximos 5 anos, o Parlamento Europeu deixará de ser um instrumento activo (e activista) da Cultura da Morte. Esse é um facto positivo, que terá impacto mesmo que a Cultura da Morte vença em Portugal nas próximas legislativas.



Mas, claro, também há aqui factos negativos. Por exemplo, a extrema-direita aumentou em vários países... principalmente na Holanda e no Reino Unido. Estes resultados entristecem-me, sobretudo se tivermos em conta a intensa decadência moral destas 2 nações. Isto apenas demonstra que as pessoas continuam a cair na mesma esparrela... não conseguem corrigir um erro sem caírem no erro oposto. Por que deixaram estes países de ser tão activamente aborcionistas e cristofóbicos, para se tornarem xenófobos e racistas? Por que temos sempre de continuar a odiar uma certa parte da Humanidade? Por que temos sempre de considerar algum irmão nosso como um empecilho e pugnar para que ele possa ser eliminado de acordo com os nossos caprichos? É triste...



Outro facto negativo (e que, infelizmente, está intrínsecamente ligado à vitória dos nossos valores) é que, juntamente com a Cultura da Vida, também foi a Direita que venceu estas eleições. Espero sinceramente que os membros do IND/DEM, do UEN e do EPP-ED consigam recordar-se sempre que vivemos uma grave crise económica, que afecta milhares de famílias, que atenta contra os direitos dos trabalhadores e faz aumentar o desemprego, a pobreza e o sofrimento humano. Que estes políticos consigam pôr a solidariedade acima de certos princípios ideológicos favoráveis a um mercado selvagem e capitalista. Isso também é Cultura da Vida.

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Finalmente, que nunca nos esqueçamos que os príncipes deste mundo nascem e morrem, que os impérios erguem-se e caem... mas existe apenas um Rei e um Reino que são eternos e omnipresentes. E esse Rei não quer que nós nos refastelemos à sombra dos políticos. Devemos continuar a perserverar na Fé, na Esperança e na Caridade, sejam as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis.



Pax Christi.



Fonte: TNS Opinion juntamente com o Parlamento Europeu

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