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Ano da Fé

Ano da Fé
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CITAÇÃO DO MÊS

"A Esperança é um estado do espírito, não do mundo. A Esperança, no seu sentido mais profundo e poderoso, não é a alegria de que as coisas corram bem, ou a disposição de investir em obras que se dirigem para o sucesso... é, outrossim, a capacidade de trabalhar em prol de algo só porque é bom."
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Vaclav Havel

PARA QUE NUNCA ME ESQUEÇA, POR MUITO QUE CUSTE...

"Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma da outra."

Tirada daqui.

UM VERDADEIRO EXERCÍCIO DE TEOLOGIA

Depois de toda a controvérsia que o escritor Saramago levantou com a sua interpretação literalista e fundamentalista da Bíblia, é bom ver um verdadeiro exercício de Teologia que procura, de facto e sem preconceitos, o real sentido da estória de Caim e Abel.

Tirado daqui.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

#24 - SACRAMENTOS

Em Teologia, um "sacramento" é algo que torna visível o invisível. No entanto, quando se fala em sacramentos, geralmente referimo-nos aos 7 Sacramentos (com "S" maiúsculo). Estes tornam visível a Graça de Deus, isto é, a força divina que nos ajuda a aproximarmo-nos d'Ele, a perseverarmos na Fé e a renunciarmos ao pecado. Os 7 Sacramentos são, sem sombra de dúvida, a coisa mais sagrada da Igreja Católica e constituem um tesouro cultural de inestimável valor para os católicos. Também ritualizam as diversas fases da vida do cristão, ajudando a imprimir um cunho cristão à sua existência.

Os 7 Sacramentos dividem-se em Sacramentos de Iniciação (Baptismo, Confirmação e Eucaristia), da Cura (Reconciliação e Unção dos Enfermos) e da Comunhão e Missão (Matrimónio e Ordem).
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O Baptismo consiste na imersão, efusão ou aspersão de água sobre o baptizando, retirando a marca do Pecado Original e permitindo a entrada do baptizando na Igreja, o Corpo Místico de Cristo.

A Confirmação (ou Crisma) é o sacramento em que o cristão reafirma a sua Fé e renova as suas promessas baptismais, sendo ungido por um Bispo com um óleo abençoado na Quinta-Feira Santa e recebendo os 7 dons do Espírito Santo.

A Eucaristia é o Sacramento mais importante, porque todos os demais estão ordenados para ela. Durante a consagração, a hóstia e o vinho são transformados no Corpo e Sangue de Cristo, tornando-se presente mais uma vez o Seu sacrifício redentor na Cruz. Durante a comunhão, os fiéis em estado de graça recebem o Corpo de Cristo, o que reforça os seus laços com Corpo Místico de Cristo. A Eucaristia é o que une toda a Igreja e Deus.

A Reconciliação (ou Penitência) consiste na confissão dos pecados pelo fiel a um sacerdote que o absolve da culpa e aplica uma penitência apropriada. Só através deste Sacramento é possível ao fiel que tenha cometido um pecado mortal reentrar no estado da graça que lhe permita receber a Eucaristia.

A Unção do Enfermo consiste na unção de um doente por um sacerdote, para que estimular a sua cura mediante a Fé e para que o enfermo receba o perdão dos seus pecados. Ao contrário do que popularmente se julga, não é só aplicável aos moribundos, mas a qualquer pessoa com uma doença grave.

O Matrimónio consiste no estabelecimento e a santificação de um laço indissolúvel entre homem e uma mulher, com o consequente nascimento de uma nova família cristã.

A Ordem é o sacramento mediante o qual um sacerdote recebe a autoridade para exercer o múnus eclesiástico.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A ESPERANÇA DE LÁ CHEGAR...

Aproxima-se o tempo do Advento, ou seja as quatro semanas que antecedem o Natal. Esta palavra provem do latim Adventus que significa "chegada"... não só a chegada de Cristo ao nosso Mundo, mas também a nossa chegada à Sua chegada.


Confusos? Não se tivermos em conta o espírito que deve pautar esta época do calendário litúrgico. É um tempo de espera, de espera do Natal, de espera da chegada de Jesus... e um tempo de penitência.


Penitência. O verdadeiro tabu da nossa mentalidade actual. Um fantasma que a nossa sociedade procura exorcizar a todo o custo. A secularização progressiva dos nossos valores colectivos fez com que os ocidentais (incluindo os católicos portugueses) desenvolvessem uma concepção consumista, materialista e hedonista da realidade. Deste modo, todas as nossas necessidades e impulsos devem ser imediatamente supridos e gratificados, com o mínimo de esforço ou de sofrimento.


Isto, claro está, reflectiu-se na forma como as pessoas vêem a religião. Já não tanto como uma busca honesta da Verdade ou um caminho de auto-aperfeiçoamento... mas como algo que nos deve fazer "sentir bem", que nos deve colocar em harmonia com as "energias positivas do Universo". É por isso que há tantos católicos profundamente frustrados com a Igreja Católica e com a sua atitude "retrógrada" em relação à penitência. A penitência seria um medievalismo obscurantista, gerado por monges sádicos e ressabiados que se auto-flagelavam para satisfazer um qualquer desvio psicológico e que seria incompatível com o Deus do Amor (porque, claro está, se Deus nos ama, então Ele não pode exigir-me nada de difícil nem pregar uma doutrina com a qual eu não concordo).


Deste modo, o calendário dos católicos foi profundamente alterado para acomodar esta nova perspectiva. Raramente se ouve falar na Quaresma (o tempo penitencial por excelência), mas toda a gente comemora o Carnaval e a Páscoa (as duas festividades que envolvem a Quaresma). De igual modo, a época penitencial do Advento foi substituída por uma festividade... a festividade do Natal. Por outro lado, a festividade do Natal (de 25 de Dezembro a 6 de Janeiro) foi substituída pela festividade não-religiosa do Ano Novo.


E esta nova (pseudo)festividade do Advento é o maior expoente do consumismo, materialismo e hedonismo desta cultura em que vivemos. Por isso, a nossa sociedade tem vindo a tentar prolongar cada vez mais esta festividade, antecipando-a cada vez mais. Se não fosse o facto de o Dia de Todos os Santos (ahem, peço desculpa, o Halloween) estar aí a tamponá-lo, de certeza que o início do Advento seria colocado perto do fim do Verão.





Mas será que devemos redescobrir o significado cristão do Advento? Porque não continuar com este Advento secular muito mais agradável? A penitência será assim tão boa? Será assim tão necessária?

Bem, para esclarecer isso, é preciso lembrar que o Advento é um tempo de esperança. Que é como quem diz, um tempo de espera. O povo judaico (e, em boa verdade, toda a Humanidade) esperou milénios até que Deus o viesse resgatar da escravidão dos seus próprios pecados. Teve que fazer um longo e tortuoso caminho, cheio de erros e ziguezagues. O seu Advento foi muito maior do que o nosso...

Se o Advento é um tempo de espera, então essa espera pode ser vivida de dois modos: passivamente ou activamente. Uma espera passiva é a simples espera de que Deus venha e ponha tudo em ordem. Em boa verdade, essa é a perspectiva mais comum entre os cristãos dos dias de hoje. Deus há-de vir para nos levar a todos para o Céu porque Deus nos ama. Não é preciso mudarmos a nossa forma de ser nem o nosso estilo de vida. Esperemos por Deus e pela Sua misericórdia.

Mas há um tipo de espera activa, um tipo de espera que procura tornar-se digno de receber Cristo. Um pouco como uma pessoa que limpa a sua casa para receber um convidado importante. A penitência não é mais do que isso... tentarmos purificar a nossa alma de todas as suas máculas e erros para que possamos ajudar Jesus a entrar em nós. Que melhor forma de O receber? Que melhor forma de O ajudar a vir ao Mundo? Que melhor forma de "chegar a" Ele ou de Ele chegar a nós?

Se não há hipótese de melhorar o Mundo, então como pode haver esperança? Mas não há hipótese de melhorar o Mundo se não começarmos connosco próprios! Sem penitência não há esperança!

Aproveitemos esta época privilegiada para fazermos uma profunda reflexão sobre a importância da vinda de Jesus Cristo ao Mundo... e a forma como devemos esperar essa vinda. Uma boa forma seria voltar a trazer a presença de Cristo ao próprio Advento. Só assim a nossa própria vida se poderá tornar um Advento de Cristo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

#23 - ARQUIBASÍLICA DE S. PEDRO DO VATICANO



A maior das quatro arquibasílicas, é considerada o centro simbólico do Catolicismo. Terá sido construída no local onde se encontra sepultado S. Pedro Apóstolo, o primeiro papa. Como consequência, 91 outros papas encontram-se aí enterrados, incluindo o último papa falecido, o Papa João Paulo II.


A basílica antiga foi construída sob a ordem do Imperador Constantino I, mas o novo edifício foi iniciado no séc. XVI, quando a Sé Apostólica foi transferida de Latrão para o Vaticano. Esta basílica demorou 120 anos a ser construída e é o maior edifício religioso da Cristandade (138 m de altura e 220 m de comprimento). Aqui encontram-se várias obras dos mais conceituados artistas, nomeadamente a famosa Pietá de Michelangello.
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Outras relíquias que se pensam estar aqui guardadas são a Santa Cruz, a Lança de Longinus, o Pano de Sta. Verónica e a Cruz de Sto. André.
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domingo, 15 de novembro de 2009

#22 - ARQUIBASÍLICA DE S. PAULO FORA DE MUROS


Uma das quatro arquibasílicas, é a segunda maior basílica de Roma (a seguir à Arquibasílica de S. Pedro do Vaticano). Tem este nome porque foi erigida no sítio onde o Apóstolo S. Paulo foi sepultado, fora dos muros de Roma. A construção do edifício foi ordenada pelo Imperador Constantino I (o primeiro imperador romano cristão e o primeiro a conceder liberdade de culto aos cristãos) no séc. IV d.C.


Um incêndio no séc. XIX destruiu a quase totalidade da basílica primitiva, que foi totalmente reconstruída. Apenas a ábside e o arco triunfal sobreviveram a destruição (sendo que os mosaicos do arco triunfal são os originais do séc VI). Apesar de modernos, os novos mosaicos da ábside procuram imitar o estilo antigo e são de uma beleza singular.

sábado, 14 de novembro de 2009

#21 - ARQUIBASÍLICA DE S. JOÃO DE LATRÃO


É uma das quatro arquibasílicas do Mundo e a mais importante igreja do Catolicismo, porque é aqui que se encontra a Cátedra do Papa. Ou seja, esta é a Catedral da Diocese de Roma e, portanto, o local onde assenta o Trono Papal. Por isso, esta arquibasílica tem o título de "Mãe e Cabeça de todas as igrejas de Roma e do Mundo".

Nos tempos do Império Romano, era em Latrão que se encontrava um dos palácios do imperador. Esse palácio foi doado ao Papa S. Melquíades aquando da conversão do Imperador Constantino I (o primeiro imperador cristão e o primeiro a permitir a liberdade de culto aos cristãos) e dedicado a S. João Baptista e S. João Evangelista. Desde então, Latrão tornou-se a residência oficial da Cúria Romana até a sua transferência para o Vaticano no séc. XIV. Também foi em Latrão que se realizaram 5 dos 22 concílios ecuménicos.

Segundo a lenda, o altar da Arquibasílica encontra-se sobre o exacto local em que S. Pedro Apóstolo terá celebrado a Missa aquando da sua estadia em Roma.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

UMA ENTREVISTA IMPERDÍVEL!


A propósito do recente livro de Saramago, eu sugeri um livro de um dos meus escritores favoritos: G.K. Chesterton. Pois bem, mesmo de propósito! Ao que parece, Chesterton deu uma entrevista à Ignatius Press acerca do livro de Dan Brown "O Código Da Vinci" (outra peça literária que tem como objectivo fazer dinheiro e prestígio à custa da difamação da Igreja Católica e da ignorância teológica das pessoas). Gostei muito das respostas dessa entrevista e penso que algumas das coisas que aí foram ditas podem também aplicar-se a Saramago (embora, para ser justo, nem todas). É claro que, como Chesterton estava incontactável (toda a gente sabe que não há cobertura telefónica no Céu), o entrevistador recorreu a citações dos livros mais conhecidos deste escritor para obter as respostas à entrevista.

Absolutamente imperdível!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O HOMEM ETERNO


Já tive a oportunidade de recomendar um livro de Chesterton neste blog. Faço-o novamente, com "O Homem Eterno"... porque o valor deste fantástico intelectual assim o exige. Na verdade, quem gostou de "Ortodoxia" certamente adorará "O Homem Eterno". Se "Ortodoxia" é o livro que impulsionou Chesterton a descobrir o catolicismo, "O Homem Eterno" é o livro que Chesterton escreveu depois de o ter descoberto e amadurecido na sua conversão. "O Homem Eterno" é o "Ortodoxia" da maturidade intelectual de Chesterton. Por isso, os argumentos estão melhor ordenados, sem jamais perderem a qualidade sui generis deste autor.

Já o disse e volto a repetir: Chesterton é um must para todo e qualquer católico... e uma mais-valia para todo e qualquer não-católico. Chesterton tem uma forma muito própria de expôr os seus argumentos. Se é verdade que ele parece tão lógico e irrefutável como um Sherlock Holmes, também é verdade que ele jamais descura a imaginação ou o humor para afirmar os seus pontos de vista.

Supostamente, "O Homem Eterno" foi escrito como uma resposta a um tratado de Antropologia do ateu H.G. Wells. Devo sublinhar que nunca foi intenção de Chesterton desprezar saberes sérios como a Antropologia ou a Arqueologia (o próprio escritor refere isso num dos anexos do livro). Aquilo que faz Chesterton insurgir-se são certas inferências abusivas que os antropólogos fazem para a vida quotidiana do homem comum, tendo como base essa Antropologia. Ou seja, Chesterton aponta-nos que algumas elites intelectuais estão a usar as ciências de uma forma anticientífica (o que também é muito comum nos dias de hoje, infelizmente). Ora, Chesterton faz-nos esta chamada de atenção precisamente com recurso a argumentos tão simples, tão elementares... que apenas um cientista se esqueceria de os considerar. Não admira, portanto, que muitos católicos chamem Chesterton de "o Apóstolo do Bom-Senso".

Por minha parte, penso que o livro é mais um tratado de Teologia do que de Antropologia. O livro consiste na leitura da História do Homem à luz da fé de um cristão. Desde o Homem Pré-Histórico até ao Homem Eterno (simbolizado por Cristo).


Este livro foi também determinante para a conversão do ateu C.S. Lewis, o qual se tornou um cristão devoto e o escritor da célebre saga "As Crónicas de Nárnia".



Apreciem! Não se arrependerão de pensar um pouco em coisas que jamais pensaram!

#20 - O ROSÁRIO


O Rosário é um dos maiores tesouros culturais da Igreja Católica. Consiste na oração de três terços, sendo que cada terço contém cinco décadas, nas quais se rezam 1 Pai Nosso, 10 Avé Marias e 1 Glória. Chama-se Rosário porque se diz que, de cada vez que um cristão o reza, entrega uma coroa de rosas a Nossa Senhora.

Segundo a lenda, a Virgem Sta. Maria terá aparecido a S. Domingos de Gusmão no séc. XII, apresentando-lhe o terço como uma arma poderosíssima na conversão dos hereges cátaros e albigenses. No entanto, o Rosário já era rezado numa forma embrionária nos mosteiros desde o séc. VIII.

O Rosário torou-se uma das oração mais populares da piedade popular, tendo inclusivamente sido um elemento de união determinante em certas ocasiões históricas, como a célebre batalha de Lepanto.

Em todas as aparições marianas, a Virgem pediu encarecidamente que todos os fiéis rezassem um Rosário em cada dia. Esta terá sido também uma devoção da especial predilecção do Papa João Paulo II, que terá adicionado os chamados "Mistérios Luminosos".