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Ano da Fé

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terça-feira, 29 de março de 2011

COMO NÃO FAZER PENITÊNCIA QUARESMAL

Na Quaresma, deve-se fazer Penitência. 
O que significa arrependermo-nos dos nossos pecados.
O que significa assumirmos a culpa daquilo que fizemos mal.
O que significa renunciar ao nosso orgulho.

E isto é importante, porque só quando nos arrependemos dos nossos pecados, só quando assumimos a culpa do que fizemos mal, só quando renunciamos ao nosso orgulho...

... só aí podemos começar a melhorar. Só aí começa a nascer algum Bem das nossas acções que, previamente, eram más!

Como todos nós somos imperfeitos, esta é a única maneira que o Ser Humano tem de se melhorar.

No entanto, algumas pessoas podem achar... "fazer Bem, porquê? Melhorar, para quê? O que é que eu ganho com isso?"

Existem pessoas assim: têm uma visão interesseira e materialista da vida!

Um qualquer filósofo moralista diria que essas pessoas interesseiras e materialistas estão fora do alcance da Salvação (aqui entendida com redenção moral).

Mas não um cristão!

Por isso, a essas pessoas interesseiras e materialistas, eu proponho um exercício de humor. Ofereço-lhes um argumento extra (totalmente egocêntrico) para fazerem Penitência.

É que as pessoas interesseiras e materialistas que...
1) não se arrependem dos seus pecados
2) não assumem as culpas do que fizeram mal
3) não renunciam ao seu orgulho

... em suma, as pessoas interesseiras e materialistas (ainda para mais se forem muito pró moderno) que não fazem Penitência...

... acabam por fazer uma figura triste, como muito bem descreve aqui Bagão Félix e que passo a transcrever:

"A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1.


Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista.


A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro.

A culpa é dos mercados. Excepto do “mercado” Magalhães. A culpa é do ‘rating’. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios.

A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho.

A culpa é dos professores. A culpa é dos pais. A culpa é dos exames. A culpa é dos submarinos. A culpa é do TGV espanhol. A culpa é da conjuntura. A culpa é da estrutura.

A culpa é do computador que entupiu. A culpa é da ‘pen’. A culpa é do funcionário do Powerpoint. A culpa é do Director-Geral. A culpa é da errata, porque nunca há errata na culpa. A culpa é das estatísticas. Umas vezes, a culpa é do INE, outras do Eurostat, outras ainda do FMI. A culpa é de uma qualquer independente universidade. E, agora em versão pós Constâncio, a culpa também já é do Banco de Portugal. A culpa é dos jornalistas que fazem perguntas. A culpa é dos deputados que questionam. A culpa é das Comissões parlamentares que investigam. A culpa é dos que estudam os assuntos.


A culpa é do excesso de pensionistas. A culpa é dos desempregados. A culpa é dos doentes. A culpa é dos contribuintes. A culpa é dos pobres.


A culpa é das empresas, excepto as ungidas pelo regime. A culpa é da meteorologia. A culpa é do petróleo que sobe. A culpa é do petróleo que desce.


A culpa é da insensibilidade. Dos outros. A culpa é da arrogância. Dos outros. A culpa é da incompreensão. Dos outros. A culpa é da vertigem do poder. Dos outros. A culpa é da demagogia. Dos outros. A culpa é do pessimismo. Dos outros.

A culpa é do passado. A culpa é do futuro. A culpa é da verdade. A culpa é da realidade. A culpa é das notícias. A culpa é da esquerda. A culpa é da direita. A culpa é da rua. A culpa é do complexo de culpa. A culpa é da ética.


Há sempre “novas oportunidades” para as culpas (dos outros). Imagine-se, até que, há tempos, o atraso para assistir a uma ópera, foi culpa do PM de Cabo-Verde.


No fim, a culpa é dos eleitores, que não deram a maioria absoluta ao imaculado. A culpa é da democracia. A culpa é de Portugal. De todos. Só ele (e seus pajens) não têm culpa. Povo ingrato! Basta! Na passada quarta-feira, a culpa… já foi."



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