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Ano da Fé

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domingo, 26 de agosto de 2012

O MILAGRE DE MALDONADO


São poucos os filmes recentes que conseguem retratar a Cristandade sem caírem no preconceito costumeiro e grosseiro. "O Milagre de Maldonado" é um desses filmes. O seu tema principal: a questão dos milagres.

Numa pequena aldeia dos E.U.A., em risco de desertificação devido à globalização e à crise económica, o sossego é subitamente perturbado por um milagre: a estátua de Cristo Crucificado da igreja começa a chorar lágrimas de sangue. Imediatamente a devoção popular começa a exacerbar-se e outros milagres se sucedem.

Com isso vem também a atenção mediática, os interesses comerciais, a tentação do prestígio. Gosto da forma como esse "lado escuro" da devoção popular foi retratado, com humor e acutilância, mas sem cair na fácil crítica demagógica que tantas vezes se atribui a estes fenómenos (como o comércio em Fátima, por exemplo).

Também gostei do facto de a pessoa mais céptica de toda a aldeia ser... o Padre. De facto, o padre adopta sempre uma postura de cautela racional e distanciamento sóbrio, tentando analisar cientificamente o fenómeno e não se pronunciando sem o aval dos seus superiores hierárquicos. Noutro qualquer filme hollywoodesco, o padre seria o primeiro a acreditar e a capitalizar com o milagre. Mas "O Milagre de Maldonado" tem um retrato mais realista da forma como um padre (ou, pelo menos, um bom padre), provavelmente reagiria naquela situação.

Ainda de notar o retrato da dinâmica entre aqueles que vêem os seus desejos atendidos e aqueles que não obtêm os milagres que pediram. E como as pessoas, anteriormente separadas pelas circunstâncias, solidão e pecado... necessitam apenas de uma chama de Fé para conseguirem elas próprias serem fontes de milagres para os outros.

Finalmente, há ainda uma menção ao tema da imigração, completamente compatível com a Doutrina Social da Igreja.

Um filme divertido, comovente e interessante. Recomendo.




 

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